Em meados de Junho de 72, a CCS deixou o Campo Miltar do
Grafanil em direcção ao Lucusse; ficaram em Luanda 4 condutores para uma acção de
formação em condução de viaturas Berliet.
Cerca de um mês depois o que pode
ter sido algo como um excesso de
confiança traiu um deles.
Aconteceu aos primeiros quilometros da que foi uma
das primeiras colunas em direcção ao Lunhamege.
O T. conduzia na nuvem de poeira levantada pela passagem das
duas outras Berliet que a precediam a MX-50-05; visibilidade tão reduzida, não
deu para prevenir a aproximação à primeira ponte, travões aplicados de supetão, pequena derrapagem minorada ideal pela existência de dois eixos traseiro, um ressalto
provocado pela primeira travessa de madeira e o carro cai pela direita para a linha de água e
felizmente sem danos maiores para os militares que nela seguiam
Ainda nesse dia, com o apoio da
Tecnil que deslocou para o local uma Caterpillar de pá 944 e uma niveladora 140,
conseguimos trazer a MX para o quartel no Lucusse
Aproximação à ponte
A 944 a iniciar o levantamento da MX
Extração em fase de conclusão
Menos de um mês decorrido, tinhamos
a viatura recuperada e com o aspecto belicoso da imagem que se segue
Cada vez que olho para este registo fotográfico, vem à memória o titulo de um filme de M.Oliveira., o “Non
ou a vã glória de mandar”, obra que por exemplo, é referência maior numa comunicação
do XXVI Simpósio Nacional de História, S. Paulo 2011 (cf. http://www.snh2011.anpuh.org/resources/anais/14/1300848463_ARQUIVO_ANPUH2011XimenaILeonContrera.pdf em dez12).
O filme, esse foi estreado 11 anos antes, ou seja em 1990. Admire-se neste registo do
youtube (http://www.youtube.com/watch?v=rseUK79x-vs em dez12)
as doutas palavras do Alf Cabrita e outros; e, mais importante, porque acredito
que a MX-58-05 sobreviveu ao tempo...
Azevedo
Azevedo
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