2012-05-17


M15 - HISTORIA DO REGIMENTO DE ARTILHARIA DA SERRA DO PILAR

BREVE RESENHA HISTÓRICA




Primitivamente monte da Meijoeira, ou serra de Quebantões,  a sua construção remonta ao ano de 1140, ordenada pelo Bispo do Porto D. Robaldio, albergou até princípio do século XIV, o convento das Monjas Emparedadas, com invocação a S. Nicolau.
Posteriormente desabitado por falta de vocações femininas, que desejassem cumprir as cruciantes penitências usadas nesta casa, foi-se degradando, sendo necessário efectuar grandes obras de adaptação, para recolhimento dos Monges de Grijó, sendo a primeira pedra destas obras, benzida em 28 de Dezembro de 1537 pelo bispo Baltasar Limpo.
A Igreja de arquitectura circular, única no País, (que parece, mas não é, Templária), visitável pelo exterior, foi construída em 1678 e é dedicada a N. Snrª do Pilar.
Militarmente, este quartel, desempenhou importantes papeis.
Estrategicamente situado na margem esquerda do Douro e sobre a cidade do Porto, aquando da guerra civil que opôs Liberais e Miguelistas, apoiou D. Pedro IV, tendo ajudado os portuenses a resistirem ao cerco do Porto, que durou mais de um ano.
Inúmeros Gaienses, aliados de D. Pedro, comandados pelo General, José António Silva Torres Ponce de Leon, defenderam este reduto, ganhando em 14 de Outubro de 1832 a 1ª batalha sobre os Miguelistas, não tendo contudo impedido que a Igreja tenha sido fortemente danificada pela artilharia inimiga.
O quartel desempenhou também um forte e decisivo papel durante as invasões francesas, albergando as tropas britânicas do general Arthur Wellesley, mais tarde Duque de wellington, que aqui combateu as tropas francesas do general Soult, obrigando-as a retirar para Espanha. A ajuda Britânica foi decisiva e de primordial importância, sobretudo aquando do desastre da ponte das barcas, onde apesar do seu apoio, perderam a vida mais de 4.000 portuenses.
Por todos estes feitos, a cidade do Porto ficou conhecida como;

Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta.

Antiga; porque já existia no tempo dos Celtas e portanto, já mesmo antes do Condado Portucalense;
Mui Nobre; porque os portuenses deram toda a carne dos seus animais de pasto e criação, para alimento da marinhagem que partia nas naus e caravelas, para as campanhas dos descobrimentos, e bem assim, embora noutra fase, como já haviam feito, para alimento das tropas Afonsinas, que cercavam os mouros em Lisboa, ficando apenas com as vísceras, com o que, as mulheres do Porto, aprenderam a confeccionar as deliciosas tripas à moda do Porto, o que lhes valeu o Muito Honroso nome de Tripeiros;
Sempre Leal; porque quando da guerra civil, entre Liberais e Miguelistas, o povo do Porto, nunca virou a casaca. Sempre apoiou D. Pedro IV. Foi aliás em reconhecimento desta lealdade que D. Pedro, ofereceu o seu coração à cidade, onde está depositado na Igreja da Lapa.
Invicta; porque nunca foi vencida. A primeira vitória remonta ao tempo dos Celtas na antiga Calle – hoje Porto, contra os romanos.


Fontes


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